Sabor de final de tarde


A mulher da capa vermelha


Mucugê





Porciúncula


Pequena porção de quê, pensei comigo a primeira vez que estive por lá, há quase uma década! (Descubro recentemente que meu avô Frederico trabalhou na cidade na segunda metade da década de 40, logo após o fim da Segunda Grande Guerra!)
O município fica na ponta norte do Estado do Rio de Janeiro, encostadinho de um lado em Minas Gerais e do outro no Espírito Santo, para chegar até lá são muitas horas de muita curva saindo da Capital, uma estrada linda e paisagens bucólicas. Quando chove um pouco então, a mata  exuberante encanta.
Quando passei a ficar mais tempo por lá, podendo andar a pé, conhecendo melhor os hábitos – muitos, com acentuado “sotaque” dos Estados vizinhos – viver a vida da cidade, fiquei realmente encantada. A cidade é impecavelmente limpa e organizada - quase feita no Photoshop.
Lá as cadeiras vão para a calçada ao final de tarde para celebrar o dia e para um dedo de prosa; as crianças brincam tranquilas; as festas são na praça do centro da cidade: as árvores “andam” na rua (sem a menor cerimônia). 



Janelas e portões impecáveis povoam o meu imaginário, com sua história guardada ali.






Muitas Igrejas que verdadeiras pinturas barrocas.


                  

 E tem charrete cirulando por ruas de paralelepípedo!




A culinária tem forte influência mineira e inebria os sentidos, mesmo num simples "PF". (Tudo bem que minha cardiologista há de me condenar por comer tanta fritura, carne gorda e torresmo! A caminhada compensa.)



(rabada com farofa de jiló e banana da terra, das bordadeiras; feijão só no alho para acompanhar o peixe frito, da dona Ruth, da Pousada do Miguel.)





A cozinha mais sui generis que já conheci é a da dona Eni.




O tempo demora mais a passar, as pessoas são gentis, acolhedoras e lá tem um grande tesouro: as bordadeiras do Ateliê Bangalô que bordam sua história, com pontos inventados, numa mescla de tecidos e cores que fascinam. Emprestam sua art naif as joias de todos os tipos que produzem!





Florada pós chuva


Pastry cutter



Luiza Barroso sua sugestão foi ótima! Aqui esta o post.

Amigos e receitas. Ou receitas de amigos?!



Familiaridade local




Planície



Chapada

Festa do interior


Quem conhece o interior do Brasil - ao menos de literatura - sabe que São João é uma festa mais festejado que o próprio Natal.
No interior do Mato Grosso é igual, mais precisamente em Poxoréu.

A fé e a religiosidade são praticadas no dia a dia. É algo muito diferente dos grandes centros urbanos. Cidades como esta que vivem em grande parte da produção rural, tem características interessantes. Para comemorar a data e agradecer as dádivas da produção da terra, num mesmo dia temos o Toque da Alvorada as três da manhã, quando centenas de homens e mulheres, montados em seus cavalos cuidadosamente enfeitado e escovados saem para um dia de viagem. Tais cavaleiros vestem suas melhor roupas de trabalho e empunham seus berrantes, ferramentas de trabalho. Cavaleiros partem para um dia todo de Cavalgada pelas propriedades da região, levando alegria e agradecimento pelo ano de produtividade e proteção.
Finalizam o dia levando seus animais até a praça do centro da cidade para uma benção na Missa Sertaneja. Músicas populares adaptadas para o agradecimento da hora. Muito especial em cada detalhe, que me fascinou. Palavras de reconhecimento aos grãos que dão frutos e que alimentam a todos; a terra que produz; aos animais que ajudam na lida e que na hora certa tenham o merecido descanso com dignidade!

Durante o dia, a 6 a. Festa do Pequi: flores de legumes e frutas enfeitam todas as mesas para mostrar a safra e divulgar o fruto regional. O casal Jurandir e Lena recebem em sua propriedade, mais de mil pessoas - entre visitantes de muitos Estados, autoridades máximas do Mato Grosso, e a população local que prestigia a festa.
No cardápio, caldo de peixe na entrada; filé de tambaque ensopado; arroz de carneiro, costelinha de porco; galinhada tudo servido com seu molho de pequi adequado sob a batuta do Chef regional Ceará. Mouse, sorvete, bombom e claro que licor de Pequi. Música o dia todo, com violeiros de raiz, dupla caipira, Artesanato e muita alegria. Amo estas experssões verdadeiras da cultura regional.

No dia 24, dia de São João a missa conta a história detalhada do Santo, sua vida e pede sua benção numa quermesse de prêmio e mais comilança.

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